domingo, 6 de novembro de 2016

Não me lembro da última vez que falamos, não me lembro da última vez que me senti verdadeiramente feliz. Sinto tanto a tua falta. A minha vida tem sido uma confusão nos últimos meses, comecei a sentir a tua falta de uma forma tão intensa e severa que me castiga todos os dias. Não tenho medo de sentir a tua falta, ou desejar-te para o resto da minha vida, tenho medo que nunca consiga seguir em frente com mais alguém porque te conheci. Eu sabia que tudo o que tínhamos ia chegar ao fim quando eu falava contigo durante 15 ou 16 horas e mesmo assim continuava a sentir a tua falta, uma saudade incontrolável, que eu não sabia como controlar. Tento desligar-me de ti e esquecer-te, procurando novas pessoas para falar, quando falo com alguém é só a tua voz que quero ouvir é só o teu sorriso para o que quero olhar. Eu sorri para todos os que me rodeavam como se já te tivesse ultrapassado, como se já não me causasses mais dor nenhuma, como se já fosses parte do passado. Mas só me enganei e engano a mim mesmo. Eu sempre soube que conviver comigo não foi fácil, mas tu dedicaste-te a mim da forma como ninguém se dedicou, tu perdeste o teu tempo comigo, eu estava tão perdido e armado em durão, e não sei, mas tu mudaste isso, tornei-me tão feliz, capaz de absorver toda a alegria que encontrava e ignorar tudo o que me fazia sentir mal. Tu nunca amaste o que eu tinha de bom em mim, porque eu não tinha nada de bom, tinha um coração frio, era arrogante, antipático, indelicado, mas tu gostavas das minhas imperfeições, do meu coração frio, do quanto eu conseguia ser arrogante, da minha indelicadeza com tudo, da confusão na minha cabeça, da insegurança que eu tinha em mim, do quanto dizia ser forte. E foi isso que me fez amar-te de volta, tu amavas em mim tudo aquilo que eu nunca poderia amar, tu idolatravas na minha pessoa tudo o que eu detestava, irritavas-me tanto mas ao mesmo tempo fazias com que te desejasse cada vez mais, a fome que tinha do teu ser torturava-me incansavelmente de uma forma maluca e desesperante. Depositei tudo o que sentia em ti, todos os meus medos, fraquezas, segredos, tu sabias de tudo e mesmo assim vi-te fugir por entre os meus dedos sem que nada pudesse fazer. Não te condeno, fui o único que teve culpa, eu devia ser mais, mais para ti, porque tu foste tudo para mim, e desculpa senão consegui.

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